E alma,
tão solta pela manhã,
prende-se pela noite.
E o tempo,
antes solto em meu ar,
amarra-se no descompasso da respiração.
Engolir
o doce dos momentos
cuspir ao longe
a angústia atrasada.
E qualquer falta que atravesse
não corta
deve-se deixá-la cega.
Voz
marcando os segundos
fora, dentro
em uma eternidade cíclica
amaciando todo presente.
E quem vai contar até amanhã?
Se o ritmo calmo
não me apertasse tanto.
A solução para quaquer desejo
seria resolvida
e prende
reflete sempre
como uma amêndoa
angustiante.
E tudo passará aos poucos
melhorando o oco,
o pouco que entendo.
Levo alguns algodões
para amaciar a queda.
Gosto de simplificar,
aos poucos, complico mais.
E o que me resta
sorrir para o espelho
e tentar descobrir
a personagem interior.
24/12/2000
Oi Sof, que lindo! me emocionei…acompanharei todos os dias para continuar me emocionando…